Brasil precisa de mais confiança, consumo, investimento, crescimento e emprego, avalia presidente do Corecon-PB

Notícias 18/06/2019

Em artigo publicado no Publicado no Portal T5, o presidente do Conselho Regional de Economia da Paraíba (Corecon-PB), Celso Mangueira, avalia a estagnação da economia


Em artigo publicado no Publicado no Portal T5, o presidente do Conselho Regional de Economia da Paraíba (Corecon-PB), Celso Mangueira, avalia a estagnação da economia e as incertezas políticas que afetam, em grau crescente, a confiança de consumidores e de empresários, inibindo decisões de consumo e de investimento, com o risco da recuperação da economia ficar mais difícil.

Ele começa a avaliação citando o ensaísta Francis Fukuma, autor do livro O Dilema Americano para quem “a confiança é a precondição da prosperidade” e que “nas sociedades onde a confiança empresarial e do consumidor é baixa tendem aos desastres econômicos”.

Os motores do crescimento de uma economia, segundo Celso Mangueira, são os agentes econômicos (empresas e famílias) e suas expectativas futuras. “Dadas as quedas atuais da confiança desses agentes, analistas alertam que a economia brasileira ruma para a um desconfortável círculo vicioso. Mais desconfiança, menos consumo, menos investimento, menos crescimento, mais desemprego. E, por consequência, mais desconfiança”, garante Celso Mangueira no artigo.

De acordo com o presidente do Corecon, a economia brasileira precisa ser conduzida para um novo círculo virtuoso que tenha mais confiança, mais consumo, mais investimento, mais crescimento, mais emprego e, por consequência, mais confiança.

No seu entendimento, a mídia tem, certa culpa nas expectativas pessimistas das famílias e dos empresários “à medida que, constantemente, e de uma maneira seletiva, dá muito destaque aos dados negativos da economia e ignora os positivos”.

Muitos fatores, de acordo com Celso Mangueira, vem sendo apontados como responsáveis pela queda da confiança das famílias e dos empresários: o negativo ou fraco desempenho do PIB e a falta de recuperação dos empregos, as incertezas políticas, a precária situação fiscal dos governos federal, estaduais e municipais (com destaque para o federal, o maior ente da economia), o cenário de incerteza do comércio exterior e o vacilante andamento das reformas.

Segundo ele, cabe aos entes federativos e ao Poder Legislativo criar um ambiente favorável para o crescimento e a promoção do emprego, “tendo como referência que confiança deve aumentar se reforma da Previdência avançar, sem descuidar de outros grandes desafios: reforma tributária, infraestrutura, concessões e privatizações, abertura comercial, redução da burocracia e da máquina pública”.

 O economista apresenta dados oficiais para comprovar sua avaliação.

 Sobre consumo: De acordo com o IBGE, o consumo das famílias, umas das bases de sustentação do PIB, vinha crescendo desde 2017. Nos primeiros três meses de 2019, a alta foi de 0,3%, mas em processo de desaceleração. Quanto ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) recuou 1,5 ponto em abril, ao passar de 91,0 para 89,5 pontos, acumulando perda de 7,1 pontos e atinge o menor nível desde outubro de 2018 (85,4 pontos).

 Sobre investimentos: O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 2 pontos em maio, para 91,8 pontos, o menor nível desde outubro de 2018. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2019 foi de 15,5% do PIB, abaixo do observado em 2018 (15,8%) e ainda bem longe do patamar acima de 21% registrado em 2013, antes da recessão, inibindo a capacidade de crescimento e reduzindo a de produção de longo prazo.

Sobre crescimento: No início de 2019, o mercado e os economistas estavam otimistas com a percepção de que a aprovação da reforma da Previdência seria mais rápida. Previa-se o crescimento do PIB em 2,7% para o ano. Passados cinco meses e com recuou de 0,2% no primeiro trimestre em reação ao mesmo período anterior, previsões mais pessimistas reduziram o crescimento econômico para 1,2% no corrente ano.

Sobre desemprego: A taxa de desemprego teve ligeira redução no País, ao passar de 12,7% no trimestre encerrado em março para 12,5% no trimestre até abril. A população desocupada chega a 13,2 milhões. No entanto, se a essa parcela for somado o total de desalentados e o número de pessoas subocupadas, ainda falta trabalho para uma população recorde de 28,4 milhões de pessoas.



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