Baixo desemprego limita potencial de crescimento, avaliam economistas

Notícias 30/08/2012

Para alguns economistas, a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro coloca dificuldade adicional para o crescimento de longo prazo da economia.


Em seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Maurício Molan, economista-chefe do Santander, afirmou que entre 2005 e 2011 o Brasil cresceu a uma taxa anual média de 4,4% ao ano, enquanto o desemprego no período caiu de 12% para 6%. “A demanda por mão de obra estava forte, e por isso houve a absorção de um grande contingente de desempregados”, afirmou. Para ele, a situação atual, próxima do pleno emprego na economia brasileira, impede reduções adicionais da desocupação no país. “Portanto, vai ser difícil crescer 4,4% ao ano sem possibilidade absorver mão de obra”, disse.

Por isso, avalia Luiz Carlos Mendonça de Barros, diretor-estrategista da Quest Investimentos e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o desafio para perenizar crescimento mais elevado vem do lado da oferta. Ao longo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi possível estimular o consumo porque havia capacidade ociosa da produção doméstica, com desemprego alto e crédito de apenas 22% do PIB, por exemplo.

“Em suas últimas manifestações notamos mudança nas prioridades da presidente Dilma Rousseff, com atenção maior para o lado da oferta da economia”, afirmou. Para Mendonça de Barros, o potencial de crescimento do Brasil no longo prazo fica em torno de 3% e 3,5%, porque a baixa poupança doméstica e a cultura de “cigarra” brasileira, com cerca do 60% do PIB destinado ao consumo, impedem expansão mais forte de forma sustentável.

Para Octávio de Barros, economista-chefe do Departamento de Pesquisa e Análise Econômica do Bradesco, é pouco provável que as condições do mercado de trabalho brasileiro piorem em função do baixo crescimento da População Economicamente Ativa, que avança em ritmo inferior à demanda por mão de obra. Assim, mesmo que a população ocupada não tenha forte expansão o desemprego tende a permanecer baixo. Além disso, disse Barros, a população jovem brasileira hoje cresce pouco, o que é um fator de preocupação para o longo prazo.

 


Fonte: http://www.valor.com.br
 


Notícias Relacionadas

LER MAIS

Corecon-PB reúne economistas no Dia Internacional da Mulher

11.03.2024

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Corecon-PB realizou o fórum Finanças, mulheres fazem a diferença no formato híbrido.

LER MAIS

Dia Internacional da Mulher Homenagem às economistas paraibanas na pessoa da destaca Mulher Economista, Zélia Almeida. (uma biografia)

11.03.2024

Dia Internacional da Mulher Trabalho e Vontade Economista Celso Mangueira Muita energia e saúde continha aquele corpo. Muita vitalidade e alegria. O sorriso, já fazia parte do rosto, desde cedo. Fotos da idade de cinco anos mostram aquele ser que busca o prazer. A descoberta do conteúdo da vida. O ambiente em que havia nascido fazia uma composição compatível com a personalidade que se desenvolveria. Escola de Agronomia do Nordeste, pai professor fundador daquele complexo que denomina “Paraíso Instalado no Brejo de Areia”. Entre uma bela estética de jardins, aparecia o verde escuro da Mata Atlântica barreando o contorno. Aquele, que a classificaria no Brasil, como uma das grandes Escolas. A paisagem organizada encantava os habitantes e, principalmente, aquela criança de possuía o nome de Zélia Almeida.