Na última sexta-feira (8), diversas instituições públicas e privadas promoveram eventos comemorativos ao Dia Internacional da Mulher, data que vem sendo festejada mundialmente desde 1910, quando da conferência de mulheres na Dinamarca. Mas, que, somente a partir de 1975, designado como Ano Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, passou a contar com a participação efetiva de numerosos segmentos da sociedade.
Com o passar dos anos, mulheres no exercício das mais variadas profissões, inclusive a de Economista, vêm buscando mudanças na sociedade. Na esfera da economia, a busca da transformação social está focada, principalmente, na diminuição das desigualdades, não só entre homens e mulheres, mas dos excluídos do mercado, seja pela cor, seja pelo gênero, pois só há crescimento econômico de fato, quando há empregos e melhoria da qualidade de vida da população.
No Brasil, à frente dessa missão de diminuir a desigualdade social, temos o privilégio de contar com a economista Dilma Roussef, Presidente da República. Nas comemorações do Dia Internacional da Mulher no ano passado, ressaltou que a eliminação da discriminação de gênero e a valorização das mulheres são estratégias indispensáveis para alcançarmos êxito na luta contra a pobreza e afirmou o desejo de um país rico, em que as mulheres e os homens têm as mesmas oportunidades e privilégios, contribuindo juntos para o desenvolvimento. Durante as festividades deste ano, isentou os produtos da cesta básica de impostos federais e reafirmou: “Meu objetivo fundamental, como Presidenta da República, é a erradicação da pobreza extrema. No Brasil, a pobreza tem cara: ela é muito feminina, está ligada às mulheres”.
Para destacar a importância da economista na construção da sociedade mais humana e mais terna, o Arcebispo Metropolitano de Vitória/ES Dom Luiz Mancilha Vilela no texto intitulado “Mulher presença única e indispensável” afirmou: ”O nosso mundo ainda é muito machista. Pense, por exemplo, no mundo da economia, agora abalado pela crise mundial! Parece-me que neste ambiente predomina a presença masculina. Faltam mulheres economistas com o mesmo poder de raciocínio, mas com maior capacidade de humanidade, intuição e visão da importância da ternura. Tenho a impressão que esta é uma área em que falta o equilíbrio dos opostos que se complementam.”
Na Paraíba, mulheres economistas ainda são minoria, representando 39% de um universo de 1,1 mil profissionais economistas registrados. Razão maior para aplaudir e exaltar as que aceitaram o desafio de trabalhar em prol do bem-estar da sociedade, exercendo uma profissão complexa como a de Economista, que exige o domínio de áreas desde a sociologia, geopolítica, filosofia e política econômica até a matemática e a estatística.
Com o objetivo de homenageá-las, o CORECON-PB realizou, na manhã do último sábado (9), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, um Encontro das Economistas marcado pela emoção, reencontro, confraternização e reconhecimento, e que foram saudadas pelos economistas Irenaldo Quintans e Zélia Almeida.
Entre as Economistas homenageadas por contribuição à economia e aos interesses dos economistas paraibanos: Zélia Maria de Almeida – única mulher a assumir a presidência do CORECON – PB, Coordenadora desde 2004 do Prêmio Paraíba de Celso Furtado de Monografias; Maria Janete Pereira – Vice-Presidente do CORECON-PB na Gestão 2006, 2008 e 2009, Maria das Graças Nassau – Professora e Conselheira do CORECON; Shirley Pereira de Mesquita, Aline Nadege, Semiramis Mangueira de Lima e Wanderleya Farias Martins - Professoras de Ciências Econômicas da UFPB; Regina Medeiros Amorim – Gestora de Turismo do SEBRAE; Ivonice Marques de Medeiros – Coordenadora de Pesquisa de Econômica da FECOMÉRCIO/PB; Abigail Augusta C.C. Menezes Cunha – fundadora CORECON-PB; Ilba Evaristo de Queiroz Fernandes – Representante da remidas; Lúcia Jeffersônia Ramalho e Margareth Tenório – empresária do segmento de consultoria econômico-financeira.
Na oportunidade a Economista, Conselheira do CORECON-PB e uma das homenageadas, Maria Janete Pereira, declarou: “No meu entendimento, os setores produtivos públicos e privados do Estado deveriam promover a inclusão do economista em seus quadros, em razão de que há a necessidade de serem dados passos mais ousados em direção ao desenvolvimento econômico e social dos municípios paraibanos. A mobilização das forças produtivas para inovar, competir e crescer, deve ser aproveitada através das competências desses profissionais nas empresas e nas instituições públicas, para possibilitar a construção de um país mais inclusivo e desenvolvido cujas iniciativas e programas devam se somar num esforço integrado e abrangente para geração de emprego e renda em benefício do Estado e do paraibano”.
Presidente do CORECON-PB, Economista Celso Mangueira,