Economia mundial está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a crise econômica, diz professor

Notícias 23/05/2013

A economia mundial está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a crise econômica global. Essa é a avaliação do economista Marcus Eduardo de Oliveira, ouvido pela Folha Oeste.


A economia mundial está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a crise econômica global. Essa é a avaliação do economista Marcus Eduardo de Oliveira, ouvido pela Folha Oeste.

Falando sobre a problemática ambiental, em especial a relação da atividade econômica com os recursos naturais finitos, Marcus de Oliveira, professor de economia do UNIFIEO e da FAC-FITO, em São Paulo, disse que “a comunidade dos economistas precisa, em consenso, defender sistematicamente a ideia de desacelerar o crescimento econômico, pois isso permitirá ao planeta mais capacidade de “respiração” sem o convívio com a agressão patrocinada pela atividade econômica”.  

Para ele, “a economia mundial já chegou ao limite em termos de absorção de políticas de crescimento econômico que são potencialmente agressoras da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos”. Para o professor, “mais economia significa menos meio ambiente, uma vez que poluição e dejetos são produtos da atividade econômica”.

O que mais tem chamado à atenção é o desaparecimento das florestas. Baseado no estudo “A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade”, encomendada pela União Europeia em 2008, o economista lembrou que “as perdas com a destruição das florestas equivalem a 7% do PIB mundial, e que os desperdícios com o desmatamento anual chegam próximos a US$ 5 trilhões”.

Oliveira comentou ainda que “a destruição das florestas leva junto perdas no fornecimento de oxigênio, água potável e a absorção de dióxido de carbono”.

As florestas desapareceram por completo em 25 países e outros 29 países perderam mais de 90% de sua cobertura florestal. Para o economista, “a sociedade moderna, no afã em reproduzir o modelo centrado na excessiva produção para o atendimento do consumo exagerado, esquece o valor da natureza e prefere enaltecer mais o som da buzina dos automóveis do que o canto dos pássaros. Nessa sociedade de consumo, a fumaça das fábricas, desde o início da expansão industrial, passou a ter mais importância do que o cheiro do mato pós-chuva”.

Para suprir essa carência, diz o economista que “teremos que produzir esses serviços que antes eram gratuitos, oferecidos pela natureza. Isso tem um custo. Por sinal, um custo bem elevado”, concluiu.

(Ricardo Almeida – Folha Oeste)

 


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