Presidente do COFECON fala sobre variação do dólar

Notícias 13/03/2015


O dólar para compra em espécie chegou a R$ 3,30 nas casas de câmbio de Salvador na terça-feira, 10. Já  o dólar comercial  bateu os R$ 3,17 pela manhã, mas caiu ao longo do dia  e fechou   próximo aos R$ 3,10.

Com alta acumulada de 8,76% apenas no mês de março, a instabilidade do dólar  gerou uma queda de até 50% nas vendas de pacotes de viagem no estado, segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia).

"Houve um impacto muito grande com o câmbio. A primeira coisa que a pessoa pensa é em adiar a viagem. O próprio movimento de procura (cotação) já caiu", conta o presidente da Abav, José Alves.

Quem já  está com viagem comprada  para o exterior desde o início do ano e esperou para comprar dólar às vésperas da viagem não imaginava que a moeda americana chegaria a esse patamar.

É o caso da família de Amaury Cardoso. Ele vai com a esposa e os filhos para Orlando, nos Estados Unidos, e comprou as passagens em uma promoção quando o dólar estava a R$ 2,80. Na terça, foi arrependido e aborrecido buscar os dólares que comprou a R$ 3,28. "Tinha expectativa que baixasse, mas agora a tendência é piorar", afirma Cardoso.

Segundo o sócio da Prime Câmbio, Lizandro Gomes, a espera pela queda do dólar foi uma decisão tomada por muitas pessoas, tanto que afetou o movimento
 do negócio nas últimas semanas.

"As pessoas são otimistas, sempre acham que vai cair. Sentimos uma retraída. Hoje (terça-feira) já melhorou. A última sexta-feira foi o pior dia para os meus negócios de câmbio", afirma Gomes. Na sexta-feira, o dólar comercial atingiu o patamar dos R$ 3.

Em pesquisa por casas de câmbio da capital baiana, A TARDE encontrou preços entre R$ 3,22 a R$ 3,30, para o dólar em espécie, e de R$ 3,43 a  R$ 3,49  no cartão de viagem . O preço do dólar chega próximo do euro, historicamente mais valorizado. Em Salvador, o euro pode ser encontrado entre R$ 3,45 a R$ 3,53, em espécie.  

Incertezas

Para o economista e presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Paulo Dantas da Costa, a incerteza no cenário econômico impede   qualquer projeção sobre a cotação da moeda americana. "Esse  e   outros aspectos relacionados à economia são bem especulativos. Há uma variável política que tem uma influencia  significativa e faz com que  seja imprevisível", diz Costa.

Para o consultor de viagens da Pontal Turismo, André Monteiro, uma das dicas para evitar  perdas com a flutuação é comprar a moeda aos poucos.

Passagens aéreas podem ficar mais baratas

Agências de viagens baianas buscam negociar descontos e promoções de passagens aéreas em dólar  para  compensar a cotação alta e estimular o consumo. O presidente da Abav, José Alves, se reúne nesta quarta com as principais operadoras  que têm voos  para  Buenos Aires, Miami, Lisboa e Madri.

As  passagens internacionais são negociadas em dólar. Caso as empresas façam promoções, não será a primeira vez que as companhias reduzem os valores em dólar para compensar a desvalorização do real.  Passagens para Buenos Aires, que custam US$ 500, em média, já foram vendidas a US$ 299. Para Miami, as passagens custam US$ 1,1 mil, mas já foram vendidas até a US$ 499.  Madri e Lisboa já chegaram US$ 700.  

Outros destinos

Para além das passagens, o dólar alto também afeta a vida de brasileiros que vão para destinos da América Latina.  O administrador Sandoval Júnior vai para o Peru em abril, mas já viu os custos da viagem aumentarem acima do planejado. “Os passeios são em dólar. A agência peruana que contratei  cobra em dólar. Minha viagem vai ficar mais cara”, disse.


Texto: Paula Janay / A Tarde

Fonte: COFECON


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